30/11/2015

Um fim de semana de Ashtanga

Este fim de semana estive em Lisboa num intensivo de 3 dias de Ashtanga Yoga com os meus professores Tarik e Lea. FOI TÃO BOM!!!!!!!!!!

É tão bom praticar com mais pessoas à volta, todas concentradas na sua prática, ouvindo o som da respiração ujjayi, sentindo o calor, o ar abafado, o suor a escorrer pelo corpo... É bom ter as mãos dos professores no nosso corpo, a ajustar, a puxar, a empurrar. Consegui finalmente pôr os dois pés atrás da cabeça, nesta postura, com ajuda do Tarik, e tocar com as mãos no chão nesta, com o empurrão da Lea. Claro que estes milestones não interessam no yoga - como disse o Tarik, o yoga é um workin, não um workout.

E também foi bom estar estes dias sozinha em Lisboa, para recarregar baterias. Não fiz absolutamente mais nada a não ser yoga e estudar para uma frequência que tive esta tarde. Foi um fim de semana de recolhimento, de silêncio, de paz. O meu tipo de fim de semana!

Na ida para lá tive um contacto com uma boa notícia. Vou dar mais duas aulas de yoga por semana, num ginásio aqui em Faro! Cada vez gosto mais disto! 

De resto, espera-me mais uma semana daquelas! Agora é frequências todas as semanas, trabalhos para entregar, as minhas alunas a fazer experiências no lab, dados para tratar, coisas para escrever... o normal. Mas cada vez estou melhor na gestão do tempo - já aprendi a aproveitar momentos mortos para fazer coisas leves. Por exemplo, estou neste momento com um dos miúdos numa atividade e quando acabar de escrever este post, vou passar dados para o computador. Não exige muito esforço cognitivo e fica mais uma coisa despachada. Estou, de facto, numa fase muito produtiva! Trabalhosa, cansativa, mas estou a adorar!

Em relação ao meu peso e ao meu desejo de perder um pouco mais, estou estagnada entre os 54 e os 55 kg. Tenho comido o que quero durante o dia e controlo mais ao jantar, ou seja, tento não comer hidratos de carbono complexos ao jantar, mas às vezes os J. faz comidinhas deliciosas que é impossível resistir... Tenho que fazer mais um esforço sério, talvez em janeiro, que vai ser um mês mais calmo, sem correrias. Mas com tanta prática de ashtanga (que queima muitas calorias), pode ser que perca naturalmente estes 2-3 quilinhos a mais... veremos. 

E é isto por hoje! Estou mesmo num estado de iluminação depois deste fim de semana de práticas, e é por isso que vos aconselho a experimentarem o Ashtanga Yoga, se tiverem em oportunidade. E para terminar, aqui fica um texto que uma ashtangui portuguesa escreveu sobre o que o Ashtanga Yoga tem para oferecer!

O que pensas sobre o ambiente?



ATUALIZAÇÃO


Muito obrigada às dezenas de pessoas que já preencheram o questionário!!
Esqueci-me de referir que o questionário é só para ser preenchido por Portugueses. Este instrumento já foi aplicado e validado no Brasil e agora estamos a fazer o mesmo para Portugal. Desculpem não ter avisado logo... sou nova nestas coisas da psicologia... estou mais habituada a microscópios e coisas do género... ;)

~~~~~

Caros leitores, venho pedir-vos um grande favor!

Estou a fazer uma investigação na área do ambiente e para tal preciso que muitas pessoas respondam a um questionário sobre questões ambientais...

O questionário é anónimo, claro, e demora cerca de 15 minutos a preencher.

Ao contrário da investigação que estou habitada a fazer nas ciências do mar, para a qual precisamos de dinheiro, muito dinheiro, para podermos comprar equipamentos e materiais de laboratório, em psicologia precisamos, não de dinheiro (bom, algum, também), mas sobretudo... de pessoas!

Pessoas que não se importem de dar 15 minutinhos do seu tempo para participar nestes estudos e fazer a Ciência andar para a frente!

Por isso, aqui fica o meu apelo a todos vós que me lêem!

Para aceder ao questionário, aqui está o link


Muito obrigada pela vossa participação! E se puderem divulgar o link do questionário pelos vossos contactos... fico muito grata!!

21/11/2015

Precisamos mesmo de dormir 8 horas por dia?

Este ideia de que uma boa noite de sono são pelo menos 8 horas está tão enraizada nas nossas cabeças, que se calhar vai custar acreditar no que vou escrever de seguida.

Tenho andado a estudar biopsicologia para uma frequência que vou ter para a semana e estou a usar um dos livros recomendados pela docente para apoio ao estudo, chamado Biopsychology de John P. J. Pinel. Ando a estudar os capítulos iniciais, mas dei uma vista de olhos pelo livro todo e um dos capítulos é inteiramente dedicado ao sono, sonho e ritmos circadianos. Um assunto que me interessa bastante, devido às minhas tendências, nem sempre conseguidas, de madrugadora.

Num post antigo já tinha referido um estudo que mostrava que as maiores taxas de sobrevivência nas mulheres, ou seja, as mulheres que vivem mais tempo, são aquelas que dormem entre 5 e 6h30 por noite. O livro do Pinel aborda e confirma, com base em diversos estudos, isto mesmo: as menores taxas de mortalidade estão associadas a indivíduos que dormem entre 5 e 7 horas por dia. Vê o gráfico abaixo, tirado do livro e baseado num estudo realizado com mais de 100 mil indivíduos:


Portanto, dormir 8 horas por noite não é o ideal!

Outro estudo que foi feito seguiu um grupo de 16 indivíduos que durante 60 dias dormiram 5h30 por noite. Sujeitos a uma enorme bateria de testes médicos, psicológicos e de desempenho, o único défice foi uma ligeira diminuição num teste de vigilância auditiva.

Um outro estudo acompanhou 8 sujeitos que reduziram gradualmente as horas de sono ao longo de várias semanas; no fim da redução, os sujeitos, habituados a dormir o "normal", dormiam entre 4h30 e 5h30 (dependendo da pessoa). Durante 1 ano, os sujeitos continuaram a dormir estas horas. O que aconteceu a todos eles foi um aumento na eficiência do sono, ou seja, adormeciam mais rapidamente, tinham mais sono pesado (aquele que é mais reparador) e menos sono REM (aquele em que sonhamos), e acordavam menos vezes durante a noite. 

A parte pior é que ao reduzirem as horas de sono para 6 horas ou menos por noite, estas pessoas começaram a sentir mais sonolência durante o dia. No entanto, o seu desempenho em variados testes não foi afetado. E 1 ano após a experiência, todos os sujeitos continuavam a dormir menos horas por noite do que o que dormiam no início - entre 7 e 18 horas a menos por semana (ou seja, ganharam entre 7 e 18 horas para fazer outras coisas!).

O autor do livro, Pinel, conduziu ele próprio uma experiência de redução de sono. Enquanto esteve a escrever este capítulo sobre o sono, reduziu as suas normais 8 horas de sono por noite para 5 horas. O gráfico mostra o tempo dormido em cada noite, e as horas de deitar e acordar, relativamente ao planeado (barra preta):


Ao fim de 4 semanas, Pinel tinha o capítulo escrito e refere o bom e o mau desta sua experiência. O melhor foi ter ganho mais 21 horas por semana! O pior foi a sonolência que sentia sobretudo ao fim do dia; ao longo do dia, estando ocupado, não sentia sonolência, mas durante a última hora antes de ir para a cama custava a manter-se acordado. No entanto, mal chegava à cama, adormecia logo e dormir tornou-se uma atividade extremamente satisfatória (o tal aumento da eficiência do sono).

Fiquei mesmo com vontade de fazer esta experiência em mim própria!!

19/11/2015

Sobre a disciplina... ou a falta dela



Ultimamente tenho sentido o mesmo que senti por esta altura o ano passado. Quando as coisas começam a apertar - quando começo a ter frequências atrás de frequências, trabalhos, apresentações (a juntar a tudo o resto que eu já faço), ganho disciplina para umas coisas mas perco para outras. A prática de yoga sofre sempre nestas fases. Tenho sido muito mais consistente na hora de levantar, é verdade, mas nestas alturas descambo sempre.

No fim de agosto abracei um novo desafio de yoga, que consegui cumprir até ao início deste mês - a ideia era fazer todas as aulas de ashtanga da Jodi  Blumstein no YogaGlo até ao fim do ano. São pouco mais de 120 aulas e até ao início deste mês fiz 50 e tal. O que me começou a chatear no desafio foi ter que fazer aulas de níveis de dificuldade menor e aulas muito curtas. Às vezes só praticava 20 ou 30 minutos e sabia-me sempre a pouco. Eu quero ter uma prática de ashtanga forte e consistente, e com este desafio não estava a consegui-lo.

Outras vezes arranjo desculpas... não pratico de manhã com a desculpa que vou praticar à tarde, até é melhor que o corpo está mais quente e flexível... Mas à tarde tenho sempre mais que fazer e nunca consigo fazer uma prática como deve ser.

Outras vezes planeio levantar-me bem cedo para estudar um pouco e praticar, mas acabo por ficar na cama, e nem uma coisa nem outra...

Às vezes gostava de ser um pouco mais obsessiva em relação a isto. Gostava que a obsessão fosse tal que, no matter what, levantava-me e praticava, sem inventar desculpas.

A verdade é que eu tenho uma personalidade assim: acho sempre que posso e devo fazer mais e melhor. Nunca estou satisfeita com as conquistas. No dia em que defendi o doutoramento fiquei super contente e relaxada, mas no dia seguinte já estava a pensar, então e agora? O que faço agora? Que novos desafios vêm aí? Tenho uma grande necessidade de fazer coisas diferentes, abraçar novos deasafios, aprender coisas novas, pôr as minhas capacidades à prova. Sou alérgica à estagnação, mental e física.

Tenho dias maravilhosos! Acordo cedo, faço uma boa prática, cumpro tudo o que está na minha lista de coisas a fazer, tenho a casa limpa e arrumada, como comida saudável, passo tempo de qualidade com a família. E tenho outros dias... que são quase o oposto. Se uns dias são assim tão bons, porque é que os outros também não hão-de ser?

Porque falta-me disciplina. Falta-me a força de vontade. Falta-me consistência.

O que gostei bastante neste desafio de yoga é que durante estes 2 meses e tal, consegui cumpri-lo. Pratiquei bastante, e além das aulas de ashtanga, fiz outras, online e presenciais, e dei também bastantes aulas de yoga. Mas sinto que agora está na altura de um novo desafio. 

Então, em vez de praticar todas as aulas da Jodi no YogaGlo, fiz uma selecção daquelas que realmente me interessam. Escolhi só aulas de nível 2, 2/3 e 3, com duração de 60 a 90 minutos, e dentro dessas seleccionei as que quero mesmo fazer. E fiquei com 24 aulas. E tenciono fazê-las todas até ao final do ano. Começando amanhã, tenho 42 dias para fazer 24 aulas. 24 aulas em 42 dias. Parece-me bem. Claro que a minha prática não é só estas aulas. Por exemplo, na próxima semana vou praticar ashtanga a Lisboa e também pratico outras coisas em casa. Mas quero finalmente estabelecer uma prática de ashtanga forte e consistente e espero consegui-lo assim. Vou partilhando o meu progresso aqui, ok?

08/11/2015

O reencontro

Depois do último post, fiz uma introspeção séria e percebi porque é que me sinto assim, perdida, desorganizada... Porque nestas alturas de maior stress, de maior trabalho, a primeira coisa que deixamos de fazer é exatamente a mais importante, aquela que devia ser sempre uma prioridade - tratar de nós próprios.

Nestes últimos dias ou semanas pratiquei pouco yoga (dei aulas, fiz uma aula, mas a prática pessoal em casa foi muito reduzida), quase que não meditei, não bebi a água morna com limão de manhã... não fiz uma série de outros rituais que são essenciais para o meu bem-estar e isso refletiu-se em tudo o resto.

Há outra coisa que eu bem sei que me faz sentir assim - é quando tenho a casa desarrumada. Casa desarrumada, mente desorganizada. Não gosto. Na sexta feira à tarde, depois de ter escrito aquele desabafo, fiquei em casa e pus ordem em tudo. Lavei roupa, estendi roupa, arrumei roupa, lavei louça, organizei papéis... Dá-me logo outro ânimo ter as coisas como deve ser!

A questão é: como manter esses níveis de organização e arrumação no dia a dia? A resposta toda a gente sabe: fazer um pouco todos os dias. Qualquer um de nós tem pelo menos 15 minutos por dia para arrumar e limpar a casa! Mas, claro, esquecemo-nos disso e só nos lembramos à hora de ir dormir... A solução? Um lembrete no telemóvel. É o que vou fazer daqui para a frente. Toca às 21h45 todos os dias para me lembrar de dar um jeito à casa antes de ir dormir.

Relativamente ao yoga e à meditação, não tenho desculpa. Eu tenho de facto acordado sempre cedo, mas como tenho andado com frequências, acordo com a ideia de praticar, mas depois começo a sentir-me culpada e ponho-me a estudar... Não pode ser! Há tempo para tudo, e se fizer a minha prática, ainda estudo e trabalho melhor. Se quero mesmo estudar de manhã... acordo mais cedo para ter tempo para tudo, mas substituir a prática do yoga pelo estudo da psicologia... isso não pode ser!!

Esta semana vou, portanto, focar-me nestas duas alterações:

> acordar e praticar yoga; o estudo é depois do jantar, não às 6 da manhã!

> dar uma geral à casa todos os dias, durante 15 minutos, às 21h45

Vejamos como corre. Além disto, já tenho a semana toda planeada. Tenho duas aulas de yoga para dar, já preparadas, uma aula de yoga para fazer e mais uma aula de piloxing knockout (enquanto tenho um dos miúdos no judo; é uma boa forma de aproveitar o tempo). Tenho os compromissos na agenda, as tarefas mais importantes para a semana, sei as refeições que vou fazer e os snacks que tenho que levar para o trabalho. Está tudo pronto para mais uma fantástica semana!!


05/11/2015

Reencontro comigo mesma

Trabalho. Escrita de artigos. Leitura. Aulas de psicologia. Yoga. Aulas de yoga (como professora e como aluna). Aulas de jump e piloxing knockout. Trabalhos de casa. Estudo. Casa. Família. Filhos. Gatos. Fins de semana a estudar. Dias de semana a correr.

As últimas semanas têm sido super intensas. Preciso de me organizar (ainda) melhor e arranjar tempo para respirar. Não gosto desta sensação de estar constantemente ocupada. E tenho-a por culpa minha: falta de organização e procrastinação. Preciso de me reencontrar.
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