01/09/2014

O equilíbrio entre poupar e gastar dinheiro

A minha atitude perante o dinheiro tem mudado imenso nos últimos anos. Nos meus 20 anos gastava tudo o que tinha antes do fim do mês. Com a vinda dos filhos, comecei a organizar-me melhor, a apontar os gastos, a fazer uns orçamentos muito básicos e até estabeleci as minhas regras de ouro para controlar o dinheiro. Mais tarde, com o minimalismo, poupar tornou-se fundamental. Posso mesmo dizer que se tornou uma obsessão. 

No entanto, muitas vezes dava por mim com vontade de ir aqui ou ali, ou de comprar coisas de que não precisava, mas recuava sempre porque, afinal, não podia andar a mexer nas minha poupanças para coisas que não são necessárias. 

Recentemente comecei a pôr estas minhas ideias em questão. Continuo a achar que não vale a pena gastar dinheiro em certas coisas, como roupa, gadgets, mobília ou outras coisas que de facto não me fazem falta e que não vão contribuir em nada para a minha felicidade ou para a minha educação ou para a minha evolução como ser humano. Mas há certas coisas nas quais eu receava gastar dinheiro, que não são necessárias, mas são sim importantes para a minha felicidade (e da minha família).

Foi por isso que em junho decidi ir pela quarta vez a Paris (depois de anos a adiar essa viagem para não gastar dinheiro). E vamos passar o Natal a Londres, todos, em família! Os miúdos nunca andaram de avião e estão muito interessados em ir ao museus londrinos (sobretudo ao British e ao de história natural). Com a idade deles eu já conhecia Londres e todos esses museus, e não me parece bem não fazer uma viagem dessas só para não gastar dinheiro. Afinal, quando morrer, não levo nada comigo...

Claro que, se gasto numas coisas, não gasto noutras. A minha nova cozinha, por exemplo. Andei a ver as cozinhas do Ikea e queria mesmo renovar a minha cozinha toda. Mas pensei, questionei-me sobre a necessidade de ter uma cozinha nova e, na verdade, não preciso. Os móveis que tenho estão bons e o facto de não gostar deles do ponto de vista estético não é, para mim, motivo suficientemente válido para comprar uma cozinha nova...

A minha atitude perante o dinheiro é agora diferente. Poupar, sim, claro que sim! Poupar todos os meses é, para mim, fundamental para sentir paz e liberdade. Mas também é importante ter experiências, viver a vida. Percebi que há certas coisas com as quais devo gastar algum dinheiro e outras coisas com as quais não devo gastar nenhum. É, como tudo, uma questão de prioridades...

E tu, como é que equilibras o poupar para dias mais cinzentos com o gastar em coisas que são importantes? 


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14 comentários:

  1. Concordo com quase tudo o que dizes, mas não totalmente com um aspeto. No meu caso,o que sobra no fim do mês vai para a conta poupança e não no início do mês. Se eu sou uma pessoa poupada e consciente durante todo o mês, é inevitável que sobre bastante. Claro que há meses em que sobra mais do que outros, mas em regra tenho conseguido que sobre entre 40 a 50%. Acho bem que se aconselhe a colocar de parte logo no início do mês, porque para imensa gente não é fácil ser assim disciplinada.
    Continuação de um excelente blog!

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  2. Subscrevo este post! Quando comecei a trabalhar e a ganhar o meu próprio dinheiro, gastava sempre tudo todos os meses. Depois comecei a fazer um estudo dos gastos fixos que tinha e que era impossível não ter (renda, contas da casa, passe dos transportes, etc) + um dinheiro para gastos extraordinários que pudessem surgir e aquilo que excedesse esse montante, assim que recebo o salário, é transferido para um depósito a prazo. Assim passo a ter menos para gastar todos os meses e poupo para o futuro e para aquilo que me é realmente importante (viajar). Agora já me acontece anadar por lojas na net, ou mesmo lojas físicas, e ver uma série de coisas que, por impulso, me apetece comprar e logo a seguir desisto da ideia porque é roupa ou tralha que, de facto, não preciso e por esse valor compro uma viagem numa companhia low-cost, ou pago uma noite num hotel, etc... que são coisas que me dão muito mais prazer :)

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  3. :) Concordo com tudo! Penso da mesma maneira, o que interessa são as experiências, essas vão connosco e não se estragam nem substituem :)
    Também percebo o problema da cozinha, não é assim tão importante mas se calhar cansa visualmente, às vezes pintar os armários de outra cor e mudar os puxadores chega para mudar o ambiente. ;)

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  4. Desde que me vi a braços com a despesa que é ter um carro, que poupo ao máximo aquilo que consigo. Poupo 200€ por mês, e o que sobrar no final, vai para a poupança também.

    Normalmente, nas férias, invisto sempre parte desse dinheiro em algum passeio.

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  5. Para mim poupar chega a ser divertido. Prefiro poupar em "coisas" e direccionar para "experiências" que nos marcam para a vida.
    Quanto a ti, acho que estás a fazer excelentes opções!

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  6. Eu concordo com tudo excepto no que diz respeito à cozinha. Já aqui falaste nesse tema várias vezes, por isso esse é um assunto que visivelmente te incomoda. Se tens dinheiro para viajar e para a cozinha nova e provavelmente ainda te sobra algum para sentires a tal segurança, avança com as obras. É um investimento que te vai valorizar o apartamento, caso o queiras vender um dia, e mesmo que isso não aconteça uma cozinha bem tratada dura uns 20 anos até precisar de obras novamente.
    Sara

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  7. Estou vivendo uma fase assim.
    Fizemos um grande esforço na compra do apartamento e ficamos de não "poder" viajar tão cedo.
    Mas essa não sou eu, e nem o meu marido.
    Decidimos focar mais na poupança e compramos passagens pra conhecer Portugal.
    Que felicidade!!!!

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  8. Se queres uma cozinha que dure não andes a ver cozinhas ikea... Isso sim é um mau investimento. Se os armários estão bons ( porque não nos mostras?) porque não fazes um orçamento de apenas substituir as portas, colocar uma placa de indução , etc..? Beijinhos Sofia Costa PS-boas viagens :)))

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    Respostas
    1. Nota-se bem que é dos que não gosta por embirração do Ikea. Se soubesse que muitos móveis do Ikea são feitos em Paços de Ferreira talvez não pensasse o mesmo. Dar 10.000€ numa cozinha (só móveis) e vê-los a definhar passados nem 10 anos é que é o ideal. "Made in Portugal" - os 10.000€ eram dos meus pais, a cozinha actual tem perto de 10 anos (Ikea) e está como nova. Não custou foi metade da outra, com electrodomésticos.

      Mas fique lá com as ideias retrógadas esteja à vontade em pagar 3 vezes mais para ter a mesma qualidade ou até muito inferior.

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  9. Concordo inteiramente com a Rita. Eu própria, há anos atrás, quando estava de 'neura' enfiava-me num centro comercial e comprava tralha. O pior é que a neura não passava, mas ainda piorava porque depois ficava com remorsos de ter gasto tanto dinheiro! Agora, quando isso acontece, chego a casa e vou dar um bom passeio com os meus cães para descontrair......
    Em relação à cozinha, penso que se tiveres dinheiro deves remodelar. Para mim é importante gostar do que vejo em casa, sentir-me em harmonia com o ambiente. Agora, se vais mudar investe em qualidade, é o meu conselho!
    Beijinhos, continua com excelente blog!! :)
    Cristina

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  10. Essa mesma questão sobre a cozinha tive sobre o meu quarto. Pensei seriamente em mudar tudo e fazer tudo planejado, pois meu quarto é pequeno, mas pensei melhor e decidi deixar pra la. Quero mesmo é poupar pra comprar uma casinha pra mim!

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  11. Boa noite,

    concordo com o que aconselha, no entanto prefiro colocar de parte de inicio, ou seja esquecer-me dele.

    Cumprimentos

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  12. Eu estou numa fase de querer poupar para recuperar investimentos em material fotográfico que fiz (por boas razões). Agora é cortar em algumas coisinhas para voltar ao meu estado de saúde financeira habitual. :)

    Mas também considero que poupar sem ter qualquer objectivo é irrealista porque, como a Rita diz, quando morrermos não levamos nada connosco. É tão verdade!

    Para organizar a minha vida financeira ao cêntimo (mesmo fora de casa, no telemóvel) uso o Boonzi. :) *

    www.joanofjuly.com

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  13. Nunca fui esbanjadora e comecei a poupar desde o primeiro ordenado, no entanto, também tive uma fase em que comprei coisas de que não necessitava. Mesmo nas fases de maior consumismo, sempre tive tendência a gastar em livros, filmes ou espetáculos. Neste momento, reduzi a compra de livros, revistas, etc. e também faço menos refeições fora de casa, continua a ser importante para mim ir ao teatro e outro tipo de espetáculos e viajar, cá dentro ou no estrangeiro.

    Marta

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