27/02/2013

Ainda a questão dos carros

Já aqui muito falei sobre a questão do ter ou não ter... carros. Ou dois carros, como nós temos (mais a mota e bicicletas), sendo que muitas vezes ficam os dois à porta de casa. Pensei seriamente em vender um dos carros. Mas finalmente decidi que, já que os carros estão pagos, não nos compensa vender um deles por tuta e meia. 

Decidi então pegar no carro que andava menos e pô-lo bonito. Está neste momento a ser pintado e depois vou arranjar o que for preciso. O carro está bom em termos mecânicos... em termos estéticos é que nem por isso.

Os dois carros aindam duram alguns anos e por isso vamos estimá-los mais. Um carro serve, para mim, para nos levar do ponto A ao ponto B em segurança. Enquanto podermos contar com os nossos para isso, é para mantê-los. Quando morrerem de vez, então compra-se outro (usado, mas novo nas nossas mãos). 

É uma questão de prioridades. O J. tem uma qualquer pancada pelo Ford S-Max, mas nós não precisamos de um carro daquele tamanho. Precisamos de um carro que nos leve, aos quatro, onde queremos. E os nossos fazem isso. Em vez de gastar o dinheiro em créditos para comprar uma qualquer bomba para impressionar os outros (como tanta boa gente faz...), prefiro gastar o dinheiro noutras coisas - e a poupar para rainy days. Já comecei a direccionar parte das nossas poupanças mensais para a compra de um carro, quando chegar a altura. Nem pensar pedir empréstimos ao banco! E quando os dois carros morrerem de vez, compramos um só. Um carro chega-nos perfeitamente, mais a mota e as bicicletas.

Claro que se em Faro houvesse ciclovias decentes e um sistema de transportes públicos eficaz, a necessidade de ter carro ainda seria mais reduzida. Não ter carro não seria assim tão grave para nós e neste aspecto temos realmente muita sorte. O J. pode ir de bicicleta para o trabalho (como já o fez durante 2 meses) e eu posso ir a pé ou de bicicleta, como faço muitas vezes. A escola dos miúdos é a 5 minutos a pé de nossa casa. E cá em Faro não faz assim tão mau tempo quanto isso que impeça este tipo de deslocação. Para nós, um carro só é mesmo necessário para ir a algumas das actividades dos miúdos - e não seria, se os transportes públicos fossem melhores.

Para dizer a verdade, às vezes penso no tempo que gasto a ir e vir a pé para o trabalho. É quase uma hora por dia; de carro, são menos de 15 minutos diários... Mas a pé, ando 5 km por dia. A pé, não gasto gasolina. A pé, tenho mais tempo para mim, para ouvir música, para pensar, até para meditar. A pé, passo menos tempo no trabalho, mas tenho mais energia. Tudo somado, as vantagens de ir a pé ultrapassam as desvantagens. 

Sim, pus um dos carros a pintar e vou gastar algum dinheiro com ele, o que parece uma contradição em relação ao que acabei de escrever. Mas já que o tenho e não me compensa vendê-lo, ao menos vou aproveitá-lo. Quando um dos carros morrer, ainda temos outro. E assim evito mexer nas poupanças antes do tempo... 

(este post serviu, basicamente, para me convencer a mim própria que o dinheiro que vou gastar na pintura do carro é dinheiro bem gasto...)

E vocês, já tiveram estes dilemas? Já pintaram um carro inteiro??

25/02/2013

Como começar a meditar

A meditação é uma das melhores descobertas que fiz nos últimos tempos. Desde que comecei a meditar sinto-me mais feliz, mais calma, mais concentrada e presente no momento. A meditação tem inúmeros benefícios, a nível físico, mental e espiritual. E os efeitos da meditação são estudados cientificamente, pois promovem mesmo alterações fisiológicas e neurológicas!

Ao contrário do que muitas vezes se ouve, a meditação não é pensar sobre determinado assunto. Meditar é prestar atenção a uma coisa -  a uma só coisa. Isto é dificílimo de fazer. Experimenta fechar os olhos e focar-te apenas na respiração durante alguns minutos, sem que venham outros pensamentos à cabeça. É praticamente impossível fazer isso durante mais que uns poucos segundos. A meditação ajuda a desenvolver esta capacidade de focar a nossa atenção numa coisa só, e esta capacidade traz benefícios fantásticos para nosso dia a dia.

Mas como começar a meditar? Meditar não é assim tão difícil quanto isso... Aqui ficam alguns pontos a considerar:

1. Idealmente, a meditação deve ser feita numa altura do dia em que não haja distracções. Para mim, é praticamente impossível meditar em casa à tarde ou à noite, quando os miúdos estão em casa, os telefones tocam, a televisão está ligada... Por isso, e já que me levanto cedo, medito de manhã, quando toda a casa ainda dorme. Assim, ninguém me incomoda e posso meditar o tempo que quiser sem distracções.

2. Eu simplesmente sento-me no sofá da sala, de pernas cruzadas. Acho mais confortável do que sentar-me no chão sem apoio nas costas.

3. Comecei a meditar com uma meditação guiada, mas agora é fácil fazê-lo sozinha. Fecho os olhos e foco-me na respiração. Digo para mim mesma "cima" quando inspiro (o movimento do peito e zona abdominal, que se enche de ar) e "baixo" quando expiro.

4. Os pensamentos vêm à cabeça, é inevitável... Mas em vez de te agarrares a eles, deixa-os ir. Observa os pensamentos, sem os julgares ou classificares, e deixa-os ir embora. Não fiques a pensar em determinada coisa que veio à cabeça, como o que fazer para o jantar... Deixa os pensamentos ir embora. Quando te aperceberes que já não estás focada na respiração e estás antes a pensar em qualquer coisa, volta à respiração e o pensamento passa.

5. Eu comecei por meditar 10 minutos. Não é o tempo de meditação que conta, mas a qualidade. Não adianta passares uma hora a tentar meditar com um turbilhão de pensamentos na cabeça. Mais vale 10 bons minutos. Ou 5 minutos para começar. O importante é meditar um pouco todos os dias, de forma consistente, e em menos de nada verás resultados.

6. Há muitos tipos de meditação. O Tai Chi e o yoga são formas de meditação. Pode também usar-se um mantra que está sempre a ser repetido (por exemplo, "om"). E também meditamos quando fazemos tarefas do dia a dia, como lavar a louça ou estender a roupa, em consciência plena, ou seja, focados no que estamos a fazer, sem pensar em mais nada. Isto é viver no momento presente, sem pensar no passado ou no futuro. 

7. Eu juntei o yoga à meditação. Faço o yoga, que começa com um bocadinho de meditação para me centrar e voltar ao momento presente, seguem-se as asanas (as posturas do yoga), savasana (a última pose, para relaxamento) e por fim, sento-me a meditar.

8. Agora mais do que nunca é importantíssimo para mim levantar-me cedo. De qualquer modo, o yoga deve ser feito de estômago vazio, e se deixo o yoga e a meditação para a tarde, o mais certo é não acontecer... 

9. Quando comecei a fazer estas coisas, comecei a enjoar a carne. E quando fiz o nível 1 de Reiki, deixei mesmo de comer carne (e peixe e outros animais mortos). Já sei que é um efeito secundário normal da iniciação do Reiki; não acontece a toda a gente, mas a mim aconteceu. Agora sou vegetariana - mas sem fundamentalismos! Quando me apetecer comer carne, como (mas não te apetecido...)! Mas isto tudo para dizer que desde que deixei comer carne tenho muito mais energia! 

10. Queres começar a meditar? Amanhã acorda um pouco mais cedo, senta-te confortavelmente, marca 10 minutos no telemóvel, fecha os olhos e foca-te na respiração. Observa a tua respiração. Não te agarres aos pensamentos que vêm à cabeça e volta à respiração sempre que te distraíres. É normal os pensamentos surgirem, por isso não te incomodes com eles. Volta à respiração sempre que acontecer. Vais ver que os 10 minutos passam em menos de nada e quando abrires os olhos vais sentir-te outra!


Adorava saber como correm as vossas experiências com a meditação! Qualquer dúvida, deixa um comentário!

22/02/2013

A vida simples de pessoas reais - Vera

Já não me lembro do dia, mês ou ano que encontrei o teu blog.

Com ele aprendi a destralhar de forma efetiva, e a encarar a forma de planear a vida doméstica com objetividade. Implementei rotinas: planear refeições e ida às compras; dias de lavar roupa; dia de passar a ferro; dia das limpezas domésticas; entre tantas outras.

Destralhar o guarda roupa, foi uma experiência prática e objetiva. Tenho agora menos, roupa, calçado e acessórios, mas o que tenho uso. Aderi à regra por cada peça que entra há outra que sai.

Uso racional do dinheiro, faço poupança, controlo as despesas ao longo do mês, ...

No natal adotei uma postura face aos presentes completamente diferente: convidei uma amiga para um curso de culinária natalícia, vou ao circo com a minha sobrinha este domingo, e já tenho os bilhetes para ir ao teatro com a minha mãe. Em setembro e outubro fiz marmelada e compotas várias que vou oferecendo aos familiares e amigos. Faço bolos ou sobremesas e ofereço a alguém que sei que vai adorar. Ofereço livros a pensar na pessoa a que se destina.

Lamento ainda, não ter alterado hábitos errados no local de trabalho. Farei deste o meu objetivo em 2013!

Vera

~

Queres participar? Envia-me um texto a contar a tua jornada em direcção a uma vida mais simples para o email rita (at) busywomanstripycat.com, com o assunto "guest post". Obrigada!

20/02/2013

A minha rotina de limpeza minimalista

Desde que, no verão passado, deixei de ter empregada, tenho andado a experimentar vários esquemas de limpeza da casa que deixem a casa limpa sem muito esforço.

Experimentei o speed cleaning para limpar a casa toda em menos de nada. Experimentei não ter nenhuma rotina e limpar o que fosse preciso quando fosse preciso. E experimentei dividir a casa pelos dias da semana, tendo em consideração os nossos horários (sim, porque não faço tudo sozinha...).

Este último método é o que tem dado melhores resultados. Em cada dia da semana dedicamo-nos a uma área da casa. Como temos pouca coisa em casa, em termos de mobília e tralhas decorativas, é muito fácil limpar. Não temos que tirar e pôr dezenas de coisas das prateleiras para limpar o pó nem temos que afastar móveis para aspirar e lavar o chão. A rotina semanal é a seguinte:

Segunda
- quarto dos miúdos (e mudar lençóis)

Terça
- nada...

Quarta
- casas de banho (e mudar toalhas)

Quinta
- suite e varanda (e mudar lençóis)
- escritório, hall e corredor

Sexta
- sala e varanda (limpar)

Fim de semana
- geralmente nada...

Estas limpezas são mais rápidas quanto mais arrumadas estiverem as coisas. Para tal, todos os dias faço um pick-up rápido pela casa - basicamente, arrumo o que estiver desarrumado. Não tenho nenhum dia dedicado à cozinha, porque esta divisão é limpa praticamente todos os dias (bancadas, fogão, mesa, cadeiras, lava-louça são sempre limpos após o pequeno-almoço e o jantar).

Esta limpeza semanal é simples: limpar o pó das superfícies horizontais (e das verticais que precisarem de ser limpas) e aspirar o chão. Aliás, o chão de toda a casa é aspirado dia sim dia não (3 gatos em casa...). À sexta-feira, depois de aspirar, passo a esfregona na casa toda. Na cozinha, é mais frequente a lavagem do chão. As casas de banho são limpas várias vezes por semana (tenho um pano e detergente multiusos de vinagre em cada casa de banho, para ser mais fácil e rápido limpar), sobretudo as sanitas e os lavatórios, mas no dia das casas de banho faço uma limpeza mais profunda.

Em relação às coisas que não precisam de ser limpas com frequência semanal, como vidros e azulejos, ou lavar cortinados e almofadas, guio-me pelo bom senso (e pelos olhos): se estiver sujo, limpo. Cheguei a apontar as datas em que limpava ou lavava determinada coisa, mas deixei-me disso. Não gosto de complicar e, como disse, guio-me pelo bom senso.

Diariamente tenho ritmos bem definidos que são fundamentais para ter a casa sempre em ordem. De manhã faço sempre a cama antes de sair de casa (e os miúdos fazem as deles), lavo a louça do pequeno-almoço, e limpo a mesa e as cadeiras, que ficam sempre cheias de migalhas. Se for necessário, limpo as bancadas e o fogão, e varro o chão. Quando tenho tempo, ainda dou um jeito à casa de banho dos miúdos. As sanitas e lavatórios das casas de banho são limpas quase todos os dias... Depois do jantar, lavamos sempre a louça e limpamos a cozinha. Claro que um dia ou outro as coisas falham... ou não lavo a louça depois do jantar ou não varro o chão ou ficam coisas desarrumadas... 

Quanto à roupa, também faço as coisas de forma simples. Quando há roupa suficiente para encher a máquina, ponho a roupa a lavar. Na prática, vou fazendo várias máquinas ao longo da semana. Optei por mudar os lençóis das camas e as toalhas em dias diferentes para conseguir lavar tudo no dia e assim evitar que se fossem acumulando - quando o tempo está mais húmido, a roupa demora mais que um dia a secar. De resto, estendo a roupa ao sol e em pouco tempo seca (no verão é em 1 ou 2 horas). Nunca senti necessidade de ter máquina de secar roupa.

Quanto tinha a tarifa bi-horária, passava a roupa toda ao domingo depois do jantar - sempre a ver televisão!  Aliás, a pouca televisão que vejo é geralmente quando estou a passar a roupa a ferro. Agora vou passando a roupa ao longo da semana, sempre que tiro a roupa seca do estendal, pois o cesto a transbordar de roupa para passar é uma visão assaz assustadora! 

E basicamente é isto. Alguma organização e muito bom senso e a coisa faz-se. Para mim, tratar das tarefas domésticas (excepto cozinhar) sempre foi um prazer! E todos cá em casa fazem a sua parte!

E vocês, têm uma rotina de limpeza definida ou limpam quando está sujo?

19/02/2013

Homeschooling

O tema do Bundle of the Week desta semana não tem muito a ver com a nossa realidade - é sobre homeschooling, uma prática muito comum nos Estados Unidos, mas rara por cá. Eu até pensava que em Portugal não se podia dar aulas em casa, mas fui investigar e afinal pode-se.


Por 7.40 USD, os 5 ebooks do pacote são:


Homeschooling by the Numbers by Angie Kauffman
You Can Do It Too! compiled by Lorilee Lippincott
Simply Homeschool by Karen DeBeus

18/02/2013

O vício do Yoga

O yoga é viciante. Mesmo. É tipo uma droga. Quanto mais faço, mais quero fazer. Só tenho pena de não ter descoberto o yoga há mais tempo, mas as coisas acontecem quando têm que acontecer.

Duas vezes por semana tenho aulas de yoga tibetano e meditação. Em casa tenho feito yoga (sobretudo Anusara) e meditação, praticamente todos os dias, seguindo videos online.

Descobri o Ekhart Yoga, que subscrevi, mas há muito outros sites, como o Yoga Glo, Yoga VibesMy Yoga Online ou o Yoga Today, que por muito menos de uma mensalidade de ginásio oferecem centenas de aulas de yoga de todos os estilos e para todos os níveis.

Comecei a sentir diferenças na minha disposição há uns meses, quando comecei a meditar diariamente. Agora, com o yoga, esses efeitos ainda se acentuaram mais. Estou muito mais calma e ainda este fim de semana isso foi óbvio. Consegui estar a tarde toda num torneio de judo onde um dos meus filhos participou, num pavilhão cheio de gente, com gritaria e miúdos a correr de um lado para o outro, e eu sempre calma e relaxada. Não me stressei com o barulho nem com a multidão; não fiquei impaciente para que o torneio acabasse para ir embora. Estive ali, presente, no momento, sempre calma e com um sorriso nos lábios. Consegui acabar de ler um livro, vi os combates, e nem me deu fome. Aliás, esta é outra coisa que tenho notado nas últimas semanas, desde que deixei de comer carne e peixe - tenho menos fome. O que é óptimo, porque eu gostava de estar sempre a comer...

Enfim... Não há dúvida que estas práticas orientais milenares trazem muitos mais benefícios para a nossa saúde que os anti-depressivos que muitos médicos insistem em receitar (não a mim! Mas o número de pessoas que os tomam diariamente é assustador). E este estilo de vida minimalista e verde, recheado de yoga, meditação e reiki, é com toda a certeza para ficar!

15/02/2013

A vida simples de pessoas reais - Maria do Céu

Chamo-me Maria do Céu tenho 23 anos e sou Licenciada em gestão. Trabalho na minha área de formação e vivo em Vila Real. Vivo sozinha.

A minha história conta o seguinte:

Ao longo dos meus vinte e três anos, posso confessar, nunca fui muito organizada. Quando digo que não era organizada quero dizer que qualquer sítio era lugar para colocar aquele papelinho, aquele livro que devia ler, aquela roupa que devia estar no armário e não em cima da cadeira, aquelas canetas que deixava na gaveta junto de qualquer outro objecto. O papel, o papelinho e a papelada, tudo era razão para guardar, guardar.

Então a minha "mudança" começava sempre quando tudo estava uma completa desorganização, em que eu já não sabia onde estava as coisas e para as encontrar tinha que revirar tudo. Então eu dizia, "hoje vou arrumar tudo direitinho" e arrumava mas logo logo tudo voltava ao mesmo.

As coisas melhoraram há uns tempos para cá.

Até hoje, em que decidi levar isto muito a sério (porque eu não quero ser assim). Sou uma jovem e apesar de ser estranho debater-me com este problema agora eu não quero rever-me neste estilo de vida daqui a 5, 10 anos. E tomando esta consciência, eu decidi mudar.

Então, há cerca de 3 meses fiz uma pesquisa exaustiva sobre organização da casa, do tempo, do dinheiro e foi aí que me tornei fiel seguidora do Busy Woman e outros que me têm fornecido ferramentas para começar esta mudança. Agradeço-lhes imenso! Posso dizer que o minimalismo tal como o retrata tem sido o meu foco principal de interesse.

Mas apesar de já alguns destralhamentos feitos, ainda tenho muito que fazer. Presunção a minha pensar que basta isso!

Então decidi que preciso de um compromisso sério para me motivar no meu dia a dia (tal como fez a Ashley Riordan em  A Story of Debt - segui a sua sugestão e li o livro.-D)e então surgiu a ideia de criar o blog Step by Step to Be Happy.

Nesse blog irei partilhar esta grande aventura da mudança.
E assim vai começar a minha jornada, tendo como base o seu exemplo de vida.

Assim, quero-lhe agradecer-lhe pela inspiração que me têm dado através do seu blog e concerteza será uma das folhas abertas da minha agenda onde colocarei o despertador:-D.

Obrigada mais uma vez!

Maria do Céu, Step by Step to be Happy

PS - Quando a Maria do Céu me enviou o seu testemunho, o seu blog não era privado...

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14/02/2013

Planear o trabalho com um cronograma

Update - aqui está o template deste cronograma

Como referi neste post, eu não consigo trabalhar em muitos projectos ao mesmo tempo. Geralmente trabalho em duas coisas ao mesmo tempo, mas mais que isso a minha cabeça começa a dispersar-se e parece que o trabalho não avança. Geralmente é um projecto de escrita e um de laboratório. Gosto de escrever de manhã e estar no lab à tarde. E, apesar de não gostar de fazer muitos planos ou ter muitos objectivos, o trabalho académico tem que ser planeado com antecedência.

Usava o Evernote para fazê-lo, mas entretanto voltei a fazer as minhas listas no GTasks e voltei também a usar um cronograma, que é uma coisa que comecei a fazer há muitos anos e depois deixei... Mas dá muito jeito para visualisar e planear o trabalho que tenho pela frente.


É basicamente um ficheiro excel onde escrevo os projectos (artigos, experiências, viagens, etc.) importantes que tenho para fazer, atribuindo-lhes datas para serem realizados. As cores relacionam-se com o tipo de projecto (escrita, lab, microscopia, viagens).

Em cada semana vejo o que é que tem que ser feito e as tarefas mais pequenas, mas importantes, que vão surgindo, como rever algum artigo, trabalhos de alunos, etc., vou encaixando à segunda-feira (segunda-feira é o meu dia de fazer de tudo um pouco, mas aos outros dias não gosto de ser perturbada...). Estas listas de coisas a fazer estão no GTasks.

Diariamente, estabeleço três MITs, ou tarefas mais importantes, que aponto na agenda Moleskine, assim como várias pequenas tarefas que têm que ser feitas nesse dia. 

Como em tudo, uma revisão semanal e mensal é necessária para ver se as tarefas estão a ser feitas. Quando acontecem imprevistos ou atrasos ou aparecem novos projectos, altero o cronograma, e já não fico stressada por causa disso... Estes planos, listas, cronogramas servem para me guiar - não são coisas rígidas que têm que ser cumpridas à risca. Funcionam como uma bússola, e não como um mapa...

13/02/2013

100.. não, 105 coisas a menos

Completei o desafio das 100 coisas a menos! O Reverse 100 Thing Challenge tem como objectivo deitar fora 100 coisas (por deitar fora quero dizer dar, vender, ou deitar fora mesmo).
Embora tenha jogado algumas coisas fora há umas semanas, comecei do zero.

Juntei 105 coisas; a maior parte pus ao pé do caixote do lixo, outras dei, e algumas vou tentar vender.


O que juntei foi:

- 11 peças de roupa de desporto
- 1 toalha de praia
- 2 cabides (agora só uso de madeira)
- 2 cortinados de linho
- 1 toalha de mesa em crochet
- 2 almofadas decorativas
- 1 lata de chá
- 1 pé de flor de algodão
- 1 pega de cozinha
- 1 tampa de panela
- 1 taça de vidro com tampa
- 1 caixinha de plástico
- 2 panos de cozinha
- 2 prateleiras de madeira
- 1 pedaço de madeira para prateleira
- 1 casaco comprido de inverno
- 1 blusão de inverno
- 1 casaco de cabedal comprido preto
- 1 televisão com leitor de DVD incorporado
- 1 blusão polar preto
- 2 pedaços de tecido de cortinados
- 1 fronha de almofada
- 1 jeans
- 1 gato grande em madeira
- 1 tampa de caixa de palhinha
- 1 quadro + moldura
- 10 posters e postais decorativos de vários tamanhos
- 4 malas de ombro
- 1 pasta de papéis
- 1 par de botas castanhas de pele
- 1 mala de tecido feita por mim
- 1 fita de renda do meu chapéu de palha (nunca usei o chapéu porque não gostava da fita)
- 2 puxadores de armário
- 2 bonés de criança
- 1 pá pequena
- 1 vassoura pequena
- 1 frasco para esparguete em plástico
- 2 sacos térmicos
- 1 relógio Swatch
- 1 colcha artesanal branca
- 1 apagador de quadro magnético
- 1 aparador grande e velho que estava na cave
- 1 mesinha de ferro redonda com tampo e mármore
- 2 botijas de gás vazias
- 2 castiçais
- 2 revistas
- 1 chave do ginásio onde já não ando
- 1 par de patins dos miúdos
- 16 cassetes de música velhas
- 5 frascos de perfume vazios
- 1 esticador de cabelo
- 1 acessório do secador de cabelo que já não encaixa

É incrível a quantidade de tralha que ainda se consegue encontrar, mesmo numa casa como a minha que parece que tem poucas coisas... E todas estas coisas, tirando o aparador, a mesinha de ferro e as botijas de gás, estavam cá em casa - não estavam guardadas na arrecadação da cave...
Ah, agora sinto-me muito mais leve!


12/02/2013

Rendi-me ao Android...

Pois é, eu sempre soube que um smartphone seria uma ferramenta útil para mim... resisti durante algum tempo, mas lá me rendi à coisa...

Mas afinal como é que uma minimalista usa o smartphone?

Em primeiro lugar, desinstalei as aplicações que vieram de origem que não me interessavam (incluindo os jogos). E com muita pena minha, algumas não dão para desinstalar...

Depois, instalei aplicações que seriam úteis para mim.

Basicamente, o que uso no meu smartphone (além da câmara e do leitor de música, claro) é o seguinte:

Gmail
Só para ver emails rapidamente... não me dá jeito escrever no tlm...

Calendário
Sincroniza com o GCal e dá jeito para quando não tenho a agenda moleskine comigo

Facebook, Twitter
Uso para ver coisas rápidas... Não passo muito tempo nestas aplicações.

Flickr, Instagram
É tão fácil fazer o upload das fotos! E gosto de ver as fotos dos outros...

Evernote
No Evernote tenho informações que às vezes preciso consultar, e tê-lo no telefone dá muito jeito.

Out of Milk 
A minha lista de compras! Faço a lista no computador e sincroniza com o tlm. É fantástico, já não gasto papel para fazer as listas! Quando virem uma maluqinha no supermercado agarrada ao telemóvel, sou eu!

Kindle
Esta app é provavelmente a minha preferida! Que bom que é conseguir ler livros no telemóvel (eu consigo, que não uso óculos, mas há quem se queixe que a letra é muito pequenina...)

Pomodroido
Para contar os pomodoros.

Dropbox
E assim consigo aceder facilmente aos meus ficheiros, caso seja necessário.

CamScanner
Super fácil para digitalizar papéis. É só tirar uma foto e a app guarda em pdf. Muito mais fácil que digitalizar num scanner normal.

Cut the Rope
O único jogo que tenho...

E é isto! E vocês, que apps usam?

11/02/2013

Uma vida natural

Estava ansiosa por este bundle of the week! Esta semana são 5 ebooks sobre vida natural, ou seja, como fazer produtos naturais em casa e assim contribuir para um mundo mais verde (e poupar dinheiro também, claro).


Por 7.40 USD (não chega a 6 euros), os 5 ebooks incluídos são os seguintes:


Homemade Health & Beauty by Sandra Calixto
Simple Natural Health by Nina Nelson
Herbal Nurturing by Michele Augur

08/02/2013

A vida simples de pessoas reais - Maria

Sou a Maria Ribeiro e encontrei o blog da Rita há uns tempos. Foi por acaso, enquanto procurava uma "solução" para ter tempo para tudo. Sim, era esse o meu problema! Tempo para fazer tudo o que eu queria. Queria esticar as horas a todo o custo para poder encaixar todas as coisas pois achava que nunca poderia dizer  "não tenho tempo para isso!" Ai! Estava tudo errado! Mas eu... eu é que estava errada! 

Mas só percebi que estava errada quando volta e meia lia coisas do blog da Rita! "Isto faz sentido!" Pensava eu enquanto lia o "The Busy Woman and the Stripy Cat". Afinal o que eu tinha de fazer era simplificar, destralhar, minimizar e organizar. As minhas tarefas, o meu espaço e a minha vida! Tão simples quanto isto! A Rita mostrou-me a simplicidade das coisas e a máxima do "menos é mais". 

Comecei a chegar a casa cheia de energia pois sabia muito bem o que era preciso fazer... Destralhar! Todos os dias um bocadinho. 



Destralhar o resto custa mais. A cabeça, as ideias... Mas também se consegue. Acreditem! E sabem o que é que eu já consigo fazer?

Tudo! Tudo o que é realmente importante! Desde levantar-me às cinco horas para fazer exercício antes de ir trabalhar, até brincar um bocadinho com o cão, quando chego do trabalho. É um alívio termos as nossas coisas controladas e organizadas e sabermos dizer não quando é preciso. Ainda tenho um longo caminho a percorrer mas estou no caminho certo. E sabem mais uma coisa? Agora sigo o blog da Rita! Mantém-me sempre inspirada!

Maria Ribeiro




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06/02/2013

A vida acontece


Há pouco tempo descobri um blog cuja leitura me fez sentir calma, confortável - aquelas leituras que nos põem um sorriso de contentamento na cara. O Savvy Happy Living é escrito pela Nathalie, uma canadiana, vegetariana, yogini e, claro, minimalista. 

Este mês ela publicou um livro intitulado "Life Happens: living a healthy life despite a chronic illness", uma autobiografia focada na sua batalha contra a esclerose múltipla. A Nathalie teve os primeiros sintomas de EM no final dos anos 90 e depois de depressões, tratamentos dolorosos, imenso sofrimento dela e da família, a Nathalie descobriu o reiki, o yoga, a meditação e o vegetarianismo, e hoje considera-se curada. Pelo meio, a Nathalie teve um filho, separou-se, casou-se, ficou desempregada, declarou bancarrota, teve mesmo que vender a casa... passou, como se costuma dizer, as passas do Algarve, mas conseguiu dar a volta por cima. A Nathalie vive agora uma vida simples, num pequeno apartamento, tem apenas o necessário, não tem carro, tem pouca roupa, é vegetariana e yogini, e é uma pessoa muito mais feliz - e saudável - desde que simplificou a sua vida.

Adorei o livro, que é pequenino e lê-se rapidamente. A história da Nathalie é mesmo inspiradora e, como ela diz, foram estas mudanças no seu estilo de vida (simplificar, vegetarianismo, yoga, reiki, etc.) que a curaram (a EM não tem cura, e os médicos não encontram explicação para este caso). 

A sua escrita é simples, despretensiosa e real. Este livro (e o blog) é, para mim, uma confirmação de que uma vida simples que rejeita a preocupação com o keeping up with the Joneses e o quanto mais melhor, é o que quero para mim, mesmo que à minha volta as pessoas vivam vidas diferentes e não compreendam as nossas escolhas. Adorei o livro e recomendo-o vivamente!

PS - Eu comprei o livro em papel na amazon do Reino Unido porque a versão kindle ainda não está disponível, mas acabei de saber que há em versão kobo, aqui.

04/02/2013

Casamento e relacionamentos

Os 5 livros do Bundle of the Week desta semana são sobre o casamento (seja de papel passado ou não...).


Por 7.40 USD (menos de 6 euros), podes adquirir os seguintes ebooks:


15-Minute Marriage Makeover by Dustin Riechmann
A Simple Marriage by Corey Allan, PhD
Stripped Down by Tony and Alisa DiLorenzo
Entangled by Amy Bennett

Simplificar a roupa de cama e as toalhas

Eu tenho dois conjuntos de lençóis para a minha cama. Longe vão os tempos em que tinha lençóis de flanela (que nunca usei) e mais uns quantos conjuntos de lençóis estampados de vários cores... 
Agora tenho dois conjuntos de lençóis que uso ao longo do ano todo. Não são conjuntos propriamente ditos; as peças foram compradas em separado. São duas fronhas cinzentas e duas fronhas brancas; dois lençóis-capa, um branco e um cinzento; e duas capas de edredon, as duas brancas. Por cima do colchão tenho um protector impermeável que será substituído na minha próxima visita ao Ikea. 
No inverno não uso lençol debaixo do edredon, só no verão - e agora nem tenho nenhum, pois estes lençóis são todos novos (os dois conjuntos anteriores já estavam muito gastos e rotos) e ainda não comprei os lençóis de cima.

Todos os meus lençóis: 2 capas de edredon, 2 lençóis-capa e 2 pares de fronhas

Com a cama feita, costumava pôr uma colcha fininha branca por cima do edredon, só para o proteger dos gatos. Já não o faço - e o J. nunca puxava essa colcha para cima quando fazia a cama. A cama fica com um ar muito mais confortável só com o edredon, e como a capa é mudada todas as semanas, não fica assim  tão suja quanto isso. Portanto, fazer a cama de manhã é muito fácil e rápido. Abro a cama toda para apanhar ar e sol, ponho as almofadas na varanda ao sol e faço a cama antes de sair de casa. É só pôr as almofadas no sítio e puxar o edredon para cima. Ponho as duas almofadas grandes para quebrar o banco e dar um ar mais confortável - e porque muitas vezes encosto-me às almofadas a ler.

Em relação às toalhas, também minimizei o que tinha. Cada um de nós tem duas toalhas de banho; eu tenho mais duas para o cabelo e temos três toalhas de mãos (tudo branco ou cinzento). E já não tenho aquelas toalhinhas pequeninas de bidé - nunca serviram para nada...

Tanto os lençóis como as toalhas cabem numa das gavetas da cómoda. Em tempos idos, quando tinha uma cama de madeira com quatro enormes gavetões por baixo, todos esses gavetões estavam ocupados com toalhas e roupa de cama. Hoje em dia, por baixo da cama tenho apenas a balança...

Gaveta onde cabem os lençóis e as toalhas

Os miúdos têm, cada um, três conjuntos de lençóis, com uma fronha, lençol capa, lençol de cima e capa de edredon. O esquema é o mesmo; não ponho o lençol de cima no inverno e é tudo mudado semanalmente. Têm também dois conjuntos de toalha de banho e toalha de rosto, mais uma toalha cada um para a piscina.

E vocês, já minimizaram os lençóis e as toalhas?


02/02/2013

É difícil não ter expectativas

Um dos princípios que o Leo Babauta refere para viver uma vida sem esforço (no seu livro The Effortless Life) é não ter expectativas. Como ele diz, a maioria do stress, irritação, desapontamento, frustração e raiva que sentimos vêm das expectativas que temos, mas as coisas, invariavelmente, não correm como queremos. O Leo diz que devemos deitar as expectativas fora. Não precisamos ficar desapontados ou zangados com as coisas - ou ficamos um bocadinho mas depois deixamos ir...

Esta semana aconteceram duas coisas que me fizeram pensar nisto.

A primeira foi uma pessoa profissionalmente próxima de mim que desistiu do projecto em que estava envolvida connosco, por motivos financeiros e pessoais. Foi mais de uma semana de trabalho intenso para o lixo e muito dinheiro gasto para nada. Não fiquei chateada nem triste. As coisas são como são. Nesta situação consegui deixar ir as minhas expectativas e não pensar mais no assunto.

A segunda foi a festa de anos de um dos meus filhos. Marquei o sítio, fizemos a lista de meninos a convidar e entregámos os convites. De 13 convites entregues, apenas 4 pessoas me telefonaram a responder. Não me chateia que as pessoas não possam ir à festa - o que me chateia mesmo é as pessoas não responderem ao convite. Custa assim tanto mandar um sms a dizer que o filho não pode ir? Já fiz muitas festas para os miúdos e foi a primeira vez que isto aconteceu - em 13, 9 pessoas nem sequer responderam. Não consigo evitar ficar chateada. Não é por mim, que quantos menos forem, menos pago, mas pelo miúdo. Começo logo a pensar no porquê de tanta gente não responder... será que não gostam de mim? (eu não conheço a maior parte dos pais,  por isso não deve ser esse o problema) Será que os miúdos não gostam do meu filho? (acho que ele é popular, e os miúdos costumam querer ir às festas todas, gostem ou não do aniversariante) Será que as pessoas não querem gastar dinheiro em presentes e optam por ignorar o convite? Ou será que os miúdos enfiam os convites nas mochilas e esquecem-se de os entregar aos pais? (os meus nunca se esqueceram de me entregar os convites...)

Portanto, estou chateada. Sim, tenho expectativas. Quando convido alguém para uma festa, espero uma resposta, seja ela positiva ou negativa. 

E isto leva-me a outro conceito - a equanimidade. A equanimidade é uma das 4 nobres verdades do budismo e significa, resumidamente, ter serenidade de espírito. É não julgar as coisas, não classificá-las como boas ou más. A equanimidade pratica-se com a meditação e permite-nos viver no momento presente sem sofrimento.

Em relação à primeira situação que descrevi, consegui não julgar, não classificar - e portanto, estou em paz com o que aconteceu. Em relação à segunda situação, não consigo. Estou chateada e com vontade de fulminar com o olhar estes pais que não respondem ao convite.

Portanto, vou meditar um pouco para ver se isto me passa...

Actualização 3/Fev
No sábado ligaram mais três pessoas. Portanto, 6 pais não disseram nada. Praticamente metade.

O miúdo nunca se chateou com isto - eu é que fiquei chateada com a situação. Mas felizmente que no sábado fui fazer o nível 1 de Reiki... As pessoas são mal educadas, esquecidas, despreocupadas, distraídas? O problema é delas, não é meu. E acredito na lei do Karma.
Foram 9 miúdos à festa, incluindo os meus 2, e foi uma festa fantástica!

01/02/2013

A vida simples de pessoas reais - Luísa

Busy woman, stripy cat – and me

Há dias, num e-mail que troquei com a minha irmã, coloquei um link para The busy woman and the stripy cat. Comentário: “Destralhar? Mas qual tralha? Até não tens muita…”

Destralhar é um conceito que descobri aqui e me fez pensar o meu espaço e objectos de forma diferente. Até aqui, tralha era apenas uma forma de expressão, uma espécie de insulto, um desabafo contra os objectos quando tropeçava neles. Agora trato a minha tralha por “tu”. Tenho-lhe até bastante respeito. Considero que tralha é um estado pelo qual as coisas podem passar. A minha tralha pode ser o objecto para outro alguém. Da mesma forma que as coisas de hoje são em potência a tralha do amanhã. Em suma, passei a gostar mais da tralha. E aprendi também formas expeditas de me livrar dela.

Não sou minimalista, ou nunca tinha pensado em sê-lo – nem posso sequer dizer que procuro sê-lo. Digo apenas que, analisando a minha realidade, assumir-me como minimalista implicaria uma mudança bem menos complexa do que aquela que a Rita relata ter feito.

A vida acontece cheia de previstos, imprevistos, voltas e reviravoltas. Muitas vezes planeamos e sai tudo ao contrário. Porque não tirámos bem as medidas, ou não fizemos bem as contas, ou era de todo impossível antever que ira acontecer daquela maneira.

Mas é bom ter projectos. E a vida quotidiana, com todas as tarefas necessárias, que fazem parte, que a compõem e que em grande medida não escolhemos fazer, mas estão lá, essa vida quotidiana como um projecto em construção, com objectivos e metodologias pensados, é talvez aquilo que mais me atrai em The busy woman and the stripy cat. Creio que esta é a forma como o blog da Rita até agora mais influenciou a minha vida. Qualquer área da vida pode ser objecto de um projecto. E qualquer projecto, quando não funciona, deve ser revisto. Tão importante como os conceitos, é a filosofia do refazer, repensar o plano, analisar o que não funcionou e reformular. Pesquisar novos modos, novas ferramentas. E de seguida testar, analisar o resultado, e prosseguir – ou não. E não desistir de um projecto sem antes o reavaliar. Encarar a vida quotidiana como quem faz ciência.

Depois, há tudo aquilo que interessa à Rita, e que ela pesquisa e partilha. The busy woman and the stripy cat é também uma janela aberta, a partir da qual acabo por descobrir muito mais, muito para além da dimensão do próprio blog. Muitas dessas coisas considero interessantes, úteis, boas ideias. Muitas trago para mim. Outras são apenas isso, ideias, que por algum motivo não fazem sentido na minha realidade.

E para além das ideias, na prática? Bem, na prática não é fácil, do pensar ao fazer vai uma imensidão. O tempo é curto e a disponibilidade também escasseia. Vivo em Faro e trabalho fora, pelo que saio bem cedo e volto ao final da tarde. Ao horário full-time acresce 1 hora diária em deslocações, e quando chego a casa procuro dilatar ao máximo o tempo de qualidade em família, reservando para mim uma fracção ínfima das 24 horas diárias.

Mas mais organização e simplificação permitem mais tempo livre – num projecto global que em última instância irá permitir gerar tempo e espaço para… novos projectos. 

Luísa Cunha


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Queres participar? Envia-me um texto a contar a tua jornada em direcção a uma vida mais simples e de que forma este blog te influenciou, para o email rita (at) busywomanstripycat.com. Obrigada!
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