08/07/2013

O yoga mudou a maneira como me vejo ao espelho

No outro dia, a Magda perguntou-me o que mudou em mim com o yoga. Hum, por onde começar?...

Pelo mais superficial. Acho que emagreci um pouco, não sei bem, não costumo pesar-me - mas não é o peso que me interessa. O que me interessa é que tomei outra consciência do meu corpo - e comecei a aceitá-lo e a gostar dele tal como é. Na prática, isto traduz-me por uma alteração na minha maneira de vestir. Eu sempre fui magra, atlética, vá, uns 2 ou 3 kg a mais de vez em quando - mas sempre achei que tinha o rabo grande e a parte superior das coxas gordas demais. E por isso não era capaz de usar, por exemplo, umas leggings com um top curto (nem na rua nem no ginásio). Usava leggings, sim, mas com qualquer coisa que tapasse o rabo. A sério, era impensável para mim usar calças demasiado justas  - sentia sempre que o meu rabo era grande demais. No ginásio preferia calças ou calções mais largos - que disfarçassem essas zonas problemáticas.

Agora já não sinto isso. Não sei se é psicológico ou se emagreci mesmo, mas já não tenho problemas em usar leggings com tops justos e curtos (que não tapem o rabo). Acho que tenho umas pernas razoáveis - não são perfeitas, podia ter 1 kg a menos em cada uma, mas já não tenho vergonha em usar calças justas e leggings com tops curtos. 

Comecei a sentir estas mudanças na maneira como me via ao espelho quando comecei a fazer yoga - comecei a aceitar-me como sou e a não ter vergonha do meu corpo (do rabo e coxas, no meu caso).

Mas senti também mudanças a outros níveis. E o mais giro e inesperado é que a forma como me comporto agora não é forçada nem planeada. As mudanças foram naturais, inconscientes, sem qualquer esforço meu. E relacionam-se com os yamas e niyamas que referi aqui. Mas essas ficam para outro dia...

5 comentários:

  1. Bom dia! Compreendo perfeitamente o que diz. O Yoga mudou-me também nesse sentido. Mais, até. Fez-me abrir os olhos de uma maneira que só posso descrever como revolucionária. Despertou-me, é o que costumo dizer. Não só me fez olhar para o meu corpo de outra forma e a aceitá-lo, mas também me fez gostar de mim própria. O Yoga tem um poder incomensurável. Ou, por outra, o Yoga activa-nos o nosso imenso poder. Obrigada.

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  2. Mesmo sendo super magra não consigo usar legging com top... só uso com blusas grandes e largas, acho que pessoas muito magras ficam parecendo uma linguiça com roupa justa... pelo menos eu me sinto assim, rs.

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  3. Olá, Rita!

    Acho a questao da auto-imagem muito interessante. Vendo suas fotos, nao consigo detectar nenhum dos problemas que você menciona. Vejo uma mulher naturalmente bonita, em muito boa forma física. (Aliás, difícil acreditar que tenha passado por duas gravidezes!)

    Como leitora brasileira, me engasguei - e ri muito - ao ler sobre o seu problema com o "rabo". No Brasil, é uma palavra ofensiva. É divertido ver o que acontece quando um oceano separa duas línguas. Quando queremos ser finos, dizemos "nádegas". Na forma coloquial, apelamos para "bunda" ou "traseiro". O "rabo" só dá o ar da graca quando alguém está muito zangado. :-)

    Abraco,
    M.

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    1. Cá também dizemos "nádegas" para ser mais formal, mas "rabo" é o que se usa informalmente. "Rabiosque" é uma forma mais suave, e "cú" é feio... às vezes também dizemos bunda ou traseiro por vossa influência!... Mas rabo é o mais normal... Sei também que "puto" no Brasil é feio. Cá é normal dizer puto, miúdo, rapaz...

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  4. Mesmo "cu" não é uma palavra tão feia como é no Brasil, não é mesmo? Lembro de uma senhora portuguesa muito simpática, insistindo para que eu me sentasse: "põe teu cu nesta cadeira, põe teu cu nesta cadeira!" :)

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Obrigada pelo comentário!

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